
A reativação do Clube Esportivo Operário Várzea-grandense suscitou uma nova
rivalidade no futebol profissional de Mato Grosso. E o alvo é o homônimo do
clube, o Operário Futebol Clube, que nas últimas temporadas vem substituindo o
Chicote da Fronteira, desativado desde 2009, quando não obteve sucesso em
retornar à Primeira Divisão de 2010. O presidente do clube-empresa, Sebastião
Viana, novamente usando o Facebook, questionou o retorno do ‘Tricolor
original’.
“Tenho visto nos jornais, noticias de que o Operário F.C. Ltda é genérico e
tal, que o CEOV está de volta. Pois bem; quando adquiri o mesmo não foi isto que
me disseram os vendedores, para isto fizemos um contrato registrado em cartório
e a alteração da junta comercial. Os cheques até hoje não me foram entregues; a
dívida da Federação (mais de trinta mil reais) quem pagou foi eu; disseram que
não tem causas trabalhistas, mas quando assumi tinha mais de 30. Não seriam os
mesmos que afundaram no passado? Hoje nem papel assinado tem valor”, disse
Viana.
Vice-presidente do Operário F.C., Élson Batista garante que não mudará em
nada o uniforme do clube adquirido por Sebastião Viana. “Nós patenteamos as
cores do Operário Futebol Clube para ninguém utilizar o mesmo uniforme. Está
tudo documentado. Não abriremos mão de nada que foi adquirido pelo nosso
presidente Sebastião Viana”, afirmou Batista.
O dirigente tricolor vai mais longe ao assegurar possuir documento provando
que a área do Carrapicho – usada para treinamentos – também foi comprada na
época em que Viana adquiriu o clube do técnico Éder Taques e do desportista
Aílton Azambuja, que eram os sócios-proprietários do Operário Futebol Clube. A
negociação da transferência ocorreu em junho do ano de 2011.
Líder do movimento pela volta do Chicote da Fronteira, o vereador por Várzea
Grande, Jânio Calisto (PMDB), não hesita em afirmar que a Cidade Industrial só
reconhece o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense. “Vamos brigar até pelas
cores do Operário. Não iremos mudar nada, pois os incomodados que tratam de
mudar. O verdadeiro Operário nunca deixou de ser de Várzea Grande. Já o outro
(Operário Futebol Clube) já foi de Poconé, de Cuiabá, do Rio de Janeiro”,
provoca Calisto, se referindo ao fato do clube em atividade desde 2010 pertencer
ao empresário carioca Sebastião Viana, que reside no Rio de Janeiro.
Fonte: SportSinop/Valcir Pereira e Com Luis Esmael, do jornal A Gazeta
Foto: Redação/SportSinop