Aplicativo avisará bancos, operadoras e Anatel caso o celular seja roubado - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Cristiane Sampaio
Durantes as festividades do Carnaval, é comum o aumento dos casos de furto, perda e roubo de celular – no Distrito Federal, por exemplo, as ocorrências de furto desse tipo de equipamento têm liderado a lista de problemas registrados pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) nos blocos carnavalescos, com 87 crimes notificados entre sexta (9) e a madrugada de segunda-feira (12).
Diante disso, a tendência é que mais usuários sintam a necessidade de acionar o aplicativo “Celular Seguro”, mas é também neste momento que surgem algumas dúvidas sobre o sistema e sobre como usá-lo.
Lançado pelo governo federal em dezembro do ano passado, o software permite o bloqueio instantâneo do aparelho, da linha telefônica e ainda dos aplicativos bancários, de forma a evitar que os bandidos cometam outros crimes utilizando os dados da vítima. Para acioná-lo, é preciso que o usuário já tenho feito previamente na plataforma o registro dos seus dados pessoais. A ferramenta também pede a indicação de uma ou mais pessoas de confiança.
Para que um eventual futuro bloqueio funcione, é necessário que a linha telefônica cadastrada esteja registrada no CPF do próprio usuário do celular. Só não é possível bloquear telefone de uso corporativo, já que o aparelho é vinculado a um CNPJ, e não a um CPF. Veja a seguir o passo a passo que mostra como se deve proceder no cadastro.
Primeiro, é necessário que o usuário tenha uma conta no site do governo federal, a plataforma Gov.br. Deve-se, então, baixar o aplicativo “Celular Seguro”, disponível por meio de site na internet e também nas versões para Android e iOS. Estas últimas podem ser encontradas na PlayStore e na App Store, respectivamente. No primeiro acesso, o dono da conta é apresentado aos termos de uso da página, que traz ainda um aviso sobre a privacidade dos dados e a lista com o nome dos bancos e instituições financeiras que participam do projeto.
Na sequência, a tela inicial do aplicativo mostra as três funções principais do software: cadastro de pessoas de confiança, registro de telefone e registro de ocorrências. Outras funcionalidades podem ser visualizadas no menu lateral da tela. Deve-se, primeiro, registrar pessoas de confiança, pois futuramente, em caso de bloqueio, elas é que irão auxiliar o usuário, gerando a ocorrência no aplicativo “Celular Seguro”.
Sistema do app Celular Seguro emite alertas de bloqueio para bancos e operadoras de telefonia / Lisa/Pexels
O próximo passo é cadastrar o aparelho. A plataforma permite o registro de um ou mais telefones, sem que haja um limite de número. Na parte intitulada “registro de ocorrências”, é preciso informar se a situação – de perda, furto ou roubo do celular – se deu com o próprio usuário do CPF ou com terceiros. Também é necessário apontar quando, onde e como ocorreu o fato. Após esse procedimento, o aplicativo gera um número de protocolo, que deve, por sua vez, ser salvo pelo usuário e utilizado para atendimento junto a parceiros da plataforma.
Depois disso, o aplicativo gera alertas para as instituições participantes, para que sejam tomadas as medidas necessárias, como o bloqueio da linha e de contas bancárias ligadas ao aparelho. Na sequência, quando for necessário, deve-se entrar em contato com o banco e a operadora do celular para normalizar os acessos.
“O “Celular Seguro” foi desenvolvido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública por meio de uma parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Até o momento, mais de 1 milhão de pessoas baixaram o aplicativo na internet e a plataforma já gerou mais de 20 mil alertas de bloqueio.
Edição: Rodrigo Durão Coelho
Fonte: Brasil de Fato